• CASAMENTO JUDEU
    Há 4 Anos - POR ANA FRANCO


    Todo e qualquer casamento é muito mais do que uma cerimônia é um compromisso. Os noivos, ao aceitarem um ao outro, assumem que estão juntos para sempre, que lutarão para fazer este casamento durar e dar certo. Não é diferente num casamento judeu. 

    O casamento judeu tem três etapas: Ketubah, que é o contrato de casamento e que deve ser assinado pelo noivo e mais duas testemunhas antes da chegada da noiva; Huppah, que representa a casa dos noivos, no formato de uma tenda sob a qual acontece o ritual; Chassns´s Tisch, uma mesa especial onde se serve bebidas e comidas depois das bênçãos matrimoniais do Rabino.

    Na presença de dez testemunhas masculinas, o vinho e o anel são abençoados e o casal bebe a primeira taça de vinho.
    Há, então a troca de anéis e antes da festa começar há de se cumprir outros rituais.

    A cerimônia do casamento varia de comunidade a comunidade e está cercada de centenas de costumes diferentes. Mas a essência permanece constante e praticamente sem mudanças por vários séculos. Há certos costumes que são encontrados entre os ashkenazim, outros entre os sefaradim e outros, ainda, encontrados entre todos os judeus de antecedentes tradicionais.
    Entre os judeus não existe separação entre a lei e a religião, sendo assim, a cerimônia de casamento é um ato legal que acontece num ambiente religioso, e é considerado um contrato. 
    Embora a cerimônia gire em torno da doação de um anel, feita pelo noivo à noiva, significando uma compensação monetária real, e pela leitura de um contrato de casamento com força de união legal, ainda assim é chamada de kiddushin que significa santificação, onde noivo e noiva se santificam mutuamente, são santificados ao povo judaico e por D´Us, e com sua união farão esse povo crescer.
    O casamento começa com a noiva e o noivo sendo levados por seus pais para baixo do huppah. Uma vez embaixo do huppah, a noiva caminha três, quatro ou sete vezes em torno do noivo, dependendo do costume local.
    Depois disso, o rabino recita um fragmento do Salmo 118 e uma curta benção. O rabino pronuncia um breve sermão dirigido aos noivos. Segue-se a benção do primeiro dos dois copos de vinho que devem ser bebidos durante a cerimônia. 
    Noivo e noiva bebem do mesmo copo.
    O noivo então, paga à noiva um preço de aquisição, representado pelo anel, que é colocado no dedo indicador da mão direita da noiva. Isso porque o anel não é simplesmente um adorno, mas tem o sentido de uma compensação monetária. 
    Ao aceitar o anel, a noiva consente com a transação.
    Na Ketubah há a menção de uma quantia em dinheiro, que é mencionada diante das testemunhas e serve para, no caso de divórcio, o marido se comprometer a dar a esposa tudo o que lhe é de direito. 
    O rabino, então, recita a promessa de casamento e o noivo a repete. O casamento é na realidade efetuado pelo noivo que adquire a noiva na presença de duas testemunhas que assinam o contrato de matrimonio.  
    A segunda parte da cerimônia é a leitura do contrato, chamado de Ketubah, onde estão estabelecidas as obrigações do marido para com a esposa, e afirmando claramente que ele viverá com ela uma relação conjugal. É um documento legal e obrigatório e vale até que a morte os separe ou que o divórcio termine o matrimonio.
    A seguir o segundo copo de vinho é abençoado, e os dois bebem. A benção do segundo copo é a primeira das sete bênçãos do casamento, seguida por mais seis. Após as sete bênçãos, um outro copo é colocado no chão e o noivo o quebra pisando nele. 
    É proferida a benção dos sacerdotes ou birchat cohanim e os presentes permanecem no local da cerimônia até que os noivos tenham saído.     

    PS – Nossos agradecimentos as pessoas judias consultadas, que nos ajudaram na preparação desse texto. 
     

     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     

     

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